quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Qual o caminho para (a) Vitória


Rui Vitória não tem tido a vida facilitada desde que chegou à Luz. Além da já de si pesada herança deixada por Jorge Jesus, a saída de jogadores importantes e ausência de reforços com garantias, assim como a perda de Salvio para a primeira metade da época, são “handicaps” que têm vindo a deixar Vitória encostado às cordas.

São óbvios os problemas defensivos que os encarnados têm revelado nesta época, fruto da inexperiência de Nelson Semedo, da permeabilidade de Eliseu, da pouca segurança de Lisandro e da veterania de Luisão. Ainda assim esta é uma rectaguarda liderada por um Júlio César em grande forma. No meio-campo onde Samaris tem vindo a ganhar liderança, Pizzi tem sido algo inconstante. O ataque tem sido claramente o melhor sector do Benfica nesta época, apesar da ausência de Salvio, com Gaitán e Jonas em plano de evidência.
Neste momento Rui Vitória vai ser obrigado a fazer escolhas importantes.
Primeiro porque o plantel benfiquista parece à partida bastante limitado para fazer uma boa campanha numa competição tão exigente como a Liga dos Campeões e ao mesmo tempo lutar pelas competições internas. Se a equipa não rectificar a maneira como é exposta defensivamente, como se viu recentemente no campeonato, vai com certeza sofrer vários dissabores já nesta fase de grupos contra equipas do nível do Atl. Madrid ou mesmo do Galatasaray.
Isto pode levar o treinador das águias a abdicar da competição milionária, à semelhança do que fez o seu antecessor na temporada transacta, de forma a atacar o objectivo primordial do Benfica para esta época: a conquista do “Tricampeonato”. Uma estratégia que não se coaduna com os ideais de um clube com a dimensão do Benfica, que entra para ganhar em todas as competições. Mas por outro lado, esta pode ser a alternativa mais viável para o clube da Luz, se quiser manter a hegemonia a nível interno que tinha sido ganha durante a era de JJ.

Numa época em que a concorrência dos seus rivais, FC Porto e Sporting, vai ser feroz como nunca, e onde a margem de manobra encurtou-se de forma evidente, Vitória saberá com certeza qual será o melhor caminho.



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